sexta-feira, 3 de junho de 2011

FICHAMENTO DO ARTIGO 7


Fichamento do Artigo
Estratificação Sócio-econômica em estudos epidemiológico de carie dentaria e doenças periodontais.
Autores:
Antonio Fernando Boing
Marco Aurélio Peres
Douglas Francisco Kavaleski
Sabrina Elisa Zange
Jose Leopoldo Ferreira Antunes
A desigualdade sócio-econômico e seu impacto nas condições de saúde das pessoas e grupos humanos é importante tema de pesquisa em saúde coletiva. Entretanto a ausência dos estratos saciais e a dificuldade de operacionalizar essa classificação são fatores limitantes para a pesquisa epidemiológica. No Brasil, a epidemiologia apresentou grande crescimento de produção cientifica na ultima década, entre 1997 e 1998 estudos de cunho epidemiológicos e sociológico foram os mais freqüente da área. Apesar desse quadro, o estudo das condições sociais como produtora de doença bucais  ainda se encontra em fase inicial. O estudo das desigualdade sócio-econômicas em saúde bucal implica a investigação da forma pela qual os pesquisadores operacionalizam a estratificação, nesse sentido configurar uma tipologia  das formas usuais de caracterização sócio-econômica pode ser útil para implementar a produção epidemiológica da área. O objetivo deste estudo foi descrever características da produção cientifica de estudos epidemiológicos que abordaram duas das mais prevalente doenças bucais como carie dentaria e doenças periodontais na década de 90, quanto a forma de estratificação sócio-econômica empregada. Foram considerados como critério de inclusão artigos que apresentam em seu titulo ou resumo uma ou mais das seguintes palavras chave:”caries and social”,”caries and socioeconomic”,”periodontal and social” ou “periodontal and socioeconomic”. Foram inicialmente identificados 338 artigos, cujos resumo foram analisados independentemente por três examinadores, excluíram-se os artigos cujo idioma não fosse o alemão, o francês, o inglês, o português e o espanhol; critério que eliminou quatro artigos. Os dados foram digitados sob a forma de banco de dados, para o calculo das freqüências de distribuição das variáveis de interesse. Para essas finalidades, foi utilizado o programa Epi info 6.04. dos 86 trabalhos coligidos, referiam-se a carie dentaria, 13 a doença periodontal e sete abordavam ambas as doenças. Quanto a região em que a pesquisa foi realizada, houve concentração dos países europeus, sobretudo Inglaterra e Suécia, o Brasil destaca-se aparecendo logo em seguida. Foram identificados 27 periódicos, e os cinco com freqüência mais elevada, concentraram cerca de 50,0% da produção pesquisada. Apesar da expressiva heterogeneidade, os três mais recorrentes ocupação, escolaridade e renda, foram utilizados em mais de 40,0% dos estudos. Os índices empregados basicamente são os utilizados em países europeus, sendo de difícil aplicação em outras localidades. Dentre os reprodutíveis no Brasil estão o critério ABA/ABIPEME. E o de classe social proposto por Bronfman ET AL. O presente estudo apreendeu diferente estratégicas para operacionalizar a aferição de condução sócio-economica nos estudos de epidemiologia da carie dentaria e doença periodontal. É possível que, ao menos em parte, os índices e indicadores de condição sócio-economica selecionadas para esses estudos  reflitam diferenciais de disponibilidade de acesso a dados, e também a ausência de consenso conceitual sobre quais são as dimensões de fato mais relevantes para a epidemiologia da saúde bucal. Ocupação, renda e nível e instrução são medidas de fácil obtenção e analise, alem de terem sido os indicadores usando com maior regularidade, são característica integradas aos principais índices compostos. Enfim, inúmeros fatores que atuam de maneira direta na exposição a risco e a fatores de proteção para varias doenças. Foi também constatada uma participação bastante mais expressiva de estudos sobre carie dentaria do que sobre doença periodontal, o que ilustra o fato de a associação com características de inserção sócio-economica ser uma convicção mais bem assentada para a primeira doença que para s segundo. Quando a categoria de pais onde foi realizada a pesquisa associada condições sócio-economica com a distribuição de caries e doença periodontal, o Brasil aparece em posição de destaque, estando proporcionalmente acima da participação do pais em relação a produção mundial, quando consideradas todas as áreas do conhecimento. A produção cientifica oriunda dos estados unidos em ciências da saúde, nos anos recentes, atingiu 37,6% da produção mundial, enquanto o Brasil ficou com apenas 0,9%, correspondendo, respectivamente, ao primeiro e vigésimo terceiro lugar. Pode-se concluir que a utilização de indicadores de estratificado social em estudos epidemiológicos das doenças bucais mais prevalentes é diversa a heterogênea, seguindo diferentes critérios, como disponibilidade de décadas e diferentes diretrizes conceituais, e se notou uma expressiva participação de estudos sobre a população brasileira, muito superior a media da produção nacional para as demais ares do conhecimento.




Nenhum comentário:

Postar um comentário